19 de fevereiro de 2015

Aceitar que não se percebe.

E ainda assim, amar na mesma medida. Olhar o mundo com resignação e curiosidade, num ímpeto que se contradiz apertado no peito, de quem se desiludiu, se iludiu e se acomodou à ideia de arriscar no risco certo de nada ser garantidamente positivo.

Não se percebem as pessoas, às outras e a si mesmas, em tantas lutas sobre o que as deixa felizes e o que sabem ser correcto. Sobre o que querem e o que era suposto preferirem.

Pretensioso aquele que se olha ao espelho, achando que a vida está toda delineada, sem espaço para mudanças, com ar de sabe tudo.

Não sei se as minhas histórias de encantar favoritas se podem materializar na realidade, nem sei nada sobre amores verdadeiros ou sortes destinadas, mas neste ponto, acredito que devemos sempre acreditar num futuro com potencial para que tudo aconteça. E procurar que tudo o que queremos aconteça.

Não somos mais nem merecemos menos e nem sempre depende apenas de nós o que nos acontece. Mas ao que nos acontece, só nós podemos responder.

E ás vezes, nem sei, acredito que é preciso aceitar que há coisas que não vamos perceber. E seguir. Como se puder. Apenas como pudermos.

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